177 – Um pouquinho de cada coisa
Eu tenho uma coleção de pequenas miniaturas de bonecos, colecionados ao longo do tempo, que somados devem dar uma grande parte da minha personalidade. Logicamente a caricatura e o exagero fazem parte de todas as boas histórias.
O melhor disso é que compro uns e ganho outros e é como se eles me olhassem tentando dizer algo. Seria como se pudessem me impedir de ser tão impulsivo, direto, objetivo, brincalhão, sarcástico, independente, introspectivo…. enfim, meus defeitos eu conheço bem, não preciso que eles me digam!
O que precisamos é um pouquinho de cada virtude que pudermos juntar às nossas. O interessante é que em cada etapa de nossas vidas algumas características se sobressaem e nos direcionam (bem ou mal) rumo às consequências inevitáveis.
E aí vamos deixando e experimentando outros pedaços serem mais importantes e, assim ajustando para melhores, senão possíveis resultados diferentes. A maturidade e a experiência vêm justamente deste aprendizado.
Espremendo as partes que programaram minha existência, não tem pedaço que jogaria fora. Quem criou sabia o que fazia, eu com certeza não faria melhor uso das minhas (poucas) mas ótimas qualidades. E afinal de contas, como já disse algumas vezes, se a história é minha, conto do jeito que quiser.
Provavelmente também vamos colecionando pessoas como modelos ou alvos de virtudes e qualidades que almejamos. Até que nossos objetivos sejam alcançados e procuremos novos alvos seguindo renovando este ciclo.
Mas quando olho para meus pequenos amigos de plástico, lá no fundo sei bem porque eles continuam querendo me dizer algo… sempre há espaço para crescer!
E o que sua coleção diria pra você?
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