179 – Perdendo o que nos faz humanos
Não quero ficar criando teorias para como será nosso mundo pós-2020. Até nem gosto de ficar citando o nome do vírus, pra ver se ele esquece da gente e desaparece. Não vou discutir a relevância da preservação da vida antes da economia.
Nem tampouco vou me (ou te) convencer que só exista uma solução mundial que sirva para todas as cidades, estados ou países. Nem que existe certo ou errado quando a própria ciência não tem modelo absolutamente confiável para escolher lados. Não existem lados. Existe cuidar das pessoas e cuidar do sustento de cada família.
Quero só registrar meus sentimentos àqueles que estão enlutados e desejar pronta recuperação aos que enfrentam a batalha pra recuperar a saúde. E não são poucos…
Portanto não quero ficar lamentando o impacto econômico e calamitoso que herdaremos nos próximos meses.
Já disse o que não farei, agora falta dizer o que me fez escrever este post. Pra mim, o que mais fez, faz e fará falta são os abraços. Aquele aperto de mão que vira abraço, o abraço acompanhado dos beijos de seja bem-vindo.
Serve até aquele tapinha. O tapinha nas costas de tão brasileiro, devia ser patenteado e patrimônio cultural nacional. É o semi-abraço de incentivo, de despedida, de provocação ou de dúvida. Made in Brazil.
A amizade que dura, o amor que chega, a dor que se divide, a alegria que se compartilha, o melhor da humanidade registrado dentro de um abraço. Carregamos o mundo nas costas uns dos outros. Abrace. Abrace sempre. Abrace de novo, assim que puder!
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